Total de visualizações de página

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ANAIS DO I ENCONTRO LATINO AMERICANO DE ARQUEOLOGIA


O Povoamento do Continente Sul-americano a Partir dos Dados Bioarqueológicos:

Panorama Histórico

Profa. Claudia Rodrigues-Carvalho
___________________________________


(TEXTO AINDA SEM FORMATAÇÃO)
___________________________________


Questões Históricas


Origem
Poligenistas        X     Monogenistas
Autoctonia                        Migração

Figura




Homogeneidade x Diversidade
S. G. Morton                       Virchow
Hrdlica                       F. Boas


Figuras












Antiguidade
Pesquisas no Vale do Rio das Velhas (MG) sugerem contemporaneidade entre o homem e os grandes mamíferos pleistocênicos (Lapa do Sumidouro).Peter Wilhelm Lund (1801-1880)
Figuras




João Baptista de Lacerda e a “Raça” de Lagoa Santa:
Documentos para servir à história do homem fóssil do Brasil. Publicado nas Memórias da sociedade de Antropologia de Paris em 1875.
Comparação do material de Lagoa Santa com crânios de diferentes grupos indígenas brasileiros
Caracterização dos primeiros ocupantes do território como dolicocéfalos
Sugestão de que a população de Lagoa Santa teria se distribuído ao longo do território brasileiro
Os grupos, indígenas atuais representariam a mistura de 2 “raças” diferentes
Os “Botocudos”  seriam os que mais se aproximariam dos primeiros povoadores.
Figuras


Expedições do Museu Nacional no início do Séc. XX::
Padberg-Drenkpol (1926)
Bastos de Ávila & Nei Vidal (1937)

“(...) Naquella Lapa Mortuária”, perto de Confins por mim descoberta e escavada cuidadosamente em Outubro de 1926, achei nitidamente separados os restos de 80 homens de “Lagoa Santa” e os de grandes mammíferos como mastodontes, cavallos pre-historicos, etc. (...) Pois bem, esse meu felicíssimo achado, até agora único, esclarece o problema da contemporaneidade em sentido negativo, como eu sempre conjecturara (...). O homem paleoamericano apresentase-nos até agora como relativamente recente, posdiluviano ou pos-plistoceno(...)”
Padberg-Drenkpol
Folha de Minas, 02 de Dezembro de 




Pesquisas da Academia de Ciências de Minas Gerais:
Iniciadas em 1933
Harold Walter, Arnaldo Cathoud e Aníbal Matos
Análises químicas de ossos animais e restos humanos (flúor).

“Na Lapa de Confins foram encontrados em 1935 um crânio e outros ossos humanos numa profundidade de dois metros abaixo de uma camada de estalagmite. O depósito desta caverna produziu, durante três anos de escavações uma variedade de animais extintos como urso, preguiça terrestre, lhama, mastodonte, etc. Talvez o Homem de Confins tenha chegado nessa localidade no fim do pleistoceno, quando muitos mamíferos que hoje estão extintos ainda existiam na região.”
H.Walter s/d








Expedições internacionais
Missão Americano-Brasileira, liderada por  Wesley Hurt (1956):
Investigações na área de Cerca Grande
Primeira datação por Carbono 14
10.000 anos para ocupação mais antiga
Missão Franco-brasileira (1971), liderada por A. Laming-Emperaire:
Lapa Vermelha
Recuperação do esqueleto parcial de “Luzia”
Datações mais antigas atingindo 25.000 anos AP.
Figuras








Contestando a Antiguidade 
Ales Hdlicka: ocupação do continente por volta de 6.000 anos (início do século XX)


Descoberta do sítio arqueológico em Clovis, Novo México, EUA (anos 30)





Sítios Clovis: de acordo com a visão arqueológica tradicional estes sítios seriam testemunhos dos primeiros americanos


Um modelo para o povoamento:
Greenberg, Turner II & Zegura e o Modelo das Três Migrações (1986)

Dados lingüísticos, genéticos e dentários sustentando um modelo  de ocupação do continente americano através de 3 grandes levas migratórias, originárias do Nordeste da Ásia.
Dados lingüísticos
Figuras





Dados bioantropológicos (antropologia dental)



Perspectivas da Antropologia Física:
A distância genética entre as populações pré-históricas e as contemporâneas (...) é inferior a qualquer distância intergrupal, ratificando a existência de um mesmo sistema populacional (...) que persiste há, pelo menos, 10.000 anos


Muitas variações físicas secundárias encontradas entre os grupos indígenas brasileiros foram resultados da adaptação subseqüente aos vários nichos ecológicos existentes em nosso país





M. C. Mello e Alvim, 1996



Revendo pré-conceitos
Monte Verde (Chile): 12.300 anos!!!!


Figuras







Dados bioarqueológicos disponíveis para as séries de Lagoa  Santa:
Padrão funerário: sepultamento em covas rasas, posição fletida.
População homogênea morfologicamente, de constituição grácil, estatura baixa, dolicocrânios, dimorfismo sexual marcado (???)
Desgaste dentário acentuado, cáries freqüentes, grande perda dentária em vida.
Sinais sugestivos de doenças infecciosas em pelo menos 10% das séries estudadas.
Sinais sugestivos de estresse continuado
Ausência de hiperostoses poróticas, cribras orbitálias, hipoplasias de esmalte = condições de preservação???
Poucas evidências de degeneração articular
Articulação temporo-mandibular instável = lesões traumáticas
Defeitos de desenvolvimento = assimetrias cranio-faciais






Dados Paleodemográficos (Santana do Riacho):
Grande mortalidade de adultos jovens, crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos.
Ausência de adultos velhos
Expectativa de vida aos 15 anos = 14 anos
Dados sugestivos de redução populacional






Questões a serem investigadas
Quando chegaram os primeiros povoadores?
Como se adaptaram aos diferentes nichos ecológicos do continente?
Quando chegaram as novas levas migratórias? Quantas ondas migratórias podem ser esperadas?
Os novos colonizadores conviveram com os primeiros ocupantes?
Estes foram extintos ou absorvidos?
A partir das informações para o esqueleto de Capelinha devemos resgatar as hipóteses de Lacerda para o “Homem do Sambaqui”?











Nenhum comentário:

Postar um comentário