Começou em Itaboraí nesta segunda-feira (06), em Itaboraí, o curso de capacitação em Arqueologia para professores da rede municipal e estadual de ensino na cidade. As aulas fazem parte do Programa de Educação Patrimonial e Arqueologia, oferecido pelo Museu Nacional em parceira com a Petrobras. O programa ocorre, ainda, nas cidades de Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Silva Jardim e Tanguá, vizinhos ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
A primeira aula contou com a formação de grupos, que construirão, até o final do curso, projetos que envolvam a arqueologia com as diversas disciplinas. Segundo a palestrante do dia, a arqueóloga do Museu Nacional Cilcair Andrade, o resultado dos projetos de Itaboraí e dos municípios contemplados será a publicação de um livro, onde todos os participantes terão seus trabalhos divulgados.
“A previsão é que possamos distribuir o livro em novembro, para as escolas e professores participantes. Mas antes disso, vocês já poderão trabalhar a arqueologia em sala de aula, com atividades voltadas para cada disciplina”, afirmou a arqueóloga.
Por ter a maior rede pública de educação entre os municípios beneficiados, Itaboraí garantiu uma quantidade expressiva de vagas. Aproximadamente 200 docentes, divididos em quatro turmas, participam do curso, coordenado pela professora, doutora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) MaDu Gaspar. Ao término do curso de capacitação, os participantes recebem o certificado de conclusão.
Professora de Práticas Pedagógicas no Colégio Estadual Visconde de Itaboraí, Cláudia Fonseca destacou a importância do curso como fonte de aprendizagem e conhecimen
“É sempre bom buscar o conhecimento e poder repassar aos alunos. Em minhas aulas, costumo realizar passeios direcionados aos patrimônios históricos, monumentos, cultura e outros. Assim, conhecendo, podemos preservar, e aprendendo podemos multiplicar”, disse Cláudia.
O programa tem como objetivo divulgar os resultados das pesquisas arqueológicas que vem sendo realizadas na área de implantação do Comperj pela equipe de arqueólogos do Museu Nacional. Ainda segundo a professora Cilcair Andrade, uma equipe de arqueologia do Museu Nacional continua presente em todas as etapas da obra do Comperj.
“É feito um trabalho de monitoramento, devido às intervenções do solo. Caso seja detectado algum objeto arqueológico, as máquinas param de trabalhar e a equipe entra em ação”.
Estão programadas, ainda, duas apresentações públicas em cada município, onde será apresentado o projeto às pessoas interessadas que não puderam se inscrever no curso.
Em Itaboraí, a primeira apresentação ocorreu na abertura da exposição “Santo Antônio de Sá – Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara”, na Casa Heloísa Alberto Torres, que permanece aberta à visitação até o dia 17 de setembro. A segunda apresentação ainda terá a data definida.